Dar valor à hora da refeição é fundamental para ter boa saúde
A hora de comer já não é a mesma de anos atrás. Hoje, ela está banalizada, pela falta de tempo as pessoas preferem se alimentar na correria, quando não decidem ficar sem comer nada. Por não se valorizar mais o momento da refeição, a tendência é aparecer cada vez mais pessoas com problemas de peso, deficiências nutricionais e doenças decorrentes, de acordo com o médico nutrólogo Maximo Asinelli.
Segundo ele, se as pessoas recuperassem a cultura de comer em casa com a família ou com os amigos, sem pressa, apreciando os pratos, sequer seria necessário fazer dietas para se manter em forma. “Quem come muito rápido extrapola o tempo que o organismo precisa ativar a sensação de saciedade, por isso ingere mais comida do que precisa”.
A ideia é aproveitar o prazer dos sabores, concentrar-se em cada garfada, mastigar bem. Não encher a boca, pois assim a superfície da língua terá mais contato com a comida, sentindo mais o gosto. Para evitar o “olho gordo” também é importante desligar a televisão, manter a atenção na refeição, e servir-se em pratos pequenos.
A ordem em que se come cada tipo de alimento também interfere na digestão e no bom aproveitamento dos nutrientes. “Primeiro, se começa com um belo prato de salada, bem colorida e variada. Depois as carnes e por último os carboidratos em menor quantidade, como macarrão, arroz e batata, por exemplo”, diz o nutrólogo.
São sugestões simples para o momento de comer, mas o cardápio também merece uma atenção especial. “O melhor é fazer a opção por alimentos de verdade, naturais, orgânicos. Os produtos artificiais, cheios de corantes são um grande problema, principalmente, quando são consumidos em larga escala”, explica Asinelli.
Na rotina diária de alimentação, o interessante é imitar o costume dos franceses e manter na dispensa produtos como peixes, grãos, hortaliças, óleos vegetais, leite, iogurte, ovos, café, sucos naturais, chás, entre outros. Não há necessidade de fugir das gorduras naturais, elas fazem parte da dieta e os lipídios compõem a reserva energética do corpo.